segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Distrito 13 Parte 1/9 En Español

Passageiros

Django ( Original com Franco Nero ) Completo e Dublado

Entre Nessa Dança Filme Completo Dublado

COMO NÃO EDUCAR OS FILHOS

Policiais de Houston, no Texas, publicaram uma norma de 10 pontos de “como criar um delinqüente”. É interessante meditar neste resumo:Mercadorias Roubadas
1- Comece na infância a dar a seu filho tudo o que ele quiser. Assim, quando ele crescer, acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que ele deseja.
2- Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isso o fará considerar-se interessante.
3- Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa. Espere até ele chegar aos 21 anos e “decida por si mesmo”.
4- Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros toda a responsabilidade.
5- Discuta com freqüência na presença deles. Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
6- Dê-lhe todo o dinheiro que quiser.
7- Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebida e conforto. Negar pode acarretar “frustrações prejudiciais”.
8- Tome partido dele contra vizinhos, professores e policiais. (Todos têm má vontade com seu filho).
9- Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa: “Nunca consegui dominá-lo”.E, finalmente…
10- Prepare-se para uma vida de desgosto. Vivemos num mundo com tanta violência e visível falta de educação. Vale a pena pensarmos melhor em que tipo de valores estamos repassando aos nossos filhos. Se você achou interessante esta mensagem repasse ao maior número possível de pais, professores e de, futuros pais. O mundo precisa de cidadãos de bem, e a responsabilidade também é nossa.
(fonte edsconhecida)

FORSS - ATOMISED

AS PROPRIEDADES DOS CHÁS

Chá verde e branco: benefícios e diferenças
por Jocelem Salgado
Velhos conhecidos da medicina oriental, o chá verde e o chá branco tornaram-se famosos nos últimos anos, devido principalmente às várias pesquisas científicas divulgadas mostrando seus benefícios à saúde. Aqui no Brasil, as duas bebidas já fazem parte da dieta de muitas pessoas e têm sido divulgadas por modelos famosas e celebridades do cinema e da TV, preocupadas com a saúde e a boa forma.

Características diferenciadas
Os chás verde e branco são provenientes das folhas da Camellia sinensis, uma planta procedente principalmente do norte da Índia e sul da China, onde é conhecida desde os primórdios da dinastia Tang (618-907 d.C.).

O chá verde é obtido por meio do murchamento das folhas com vapor que, em seguida, são secas, fase na qual ocorre a inativação de uma série de enzimas, chamadas de polifenóis oxidases. As folhas permanecem verdes e não sofrem qualquer tipo de alteração na sua composição, e o chá resultante desse processo apresenta sabor amargo.

Diferentemente do chá verde, na produção do chá branco, só os brotos mais jovens são colhidos. Durante a maturação, os brotos são protegidos contra a ação do tempo e do sol e a colheita é realizada antes que ocorra a síntese de clorofila nas folhas, quando ficam verdes e começam a abrir. Nessa fase, a folha tem uma coloração prateada, devido à fina penugem branca que recobre os brotos, daí a origem do nome chá branco.

Depois de colhidos, os brotos secam naturalmente, sendo assim menos processados que as folhas do chá verde. Todo esse processo é manual e ocorre poucos dias no ano, entre os meses de abril e maio, uma das razões para a raridade e alto custo do produto. O chá branco apresenta sabor mais adocicado e delicado que o chá verde.

Por ser proveniente de brotos muito jovens, acredita-se que o chá branco apresente uma maior concentração de substâncias bioativas que o chá verde, cujas folhas são mais processadas. Nessa fase de maturação, os brotos contêm uma alta concentração de substâncias ativas como os polifenóis (com ação antioxidante), o que pode sugerir uma ação mais eficiente na redução do risco de doenças quando comparado ao chá verde.
O que torna esses chás tão especiais?

O segredo dos chás verde e branco reside no fato deles serem ricos em polifenóis catequinas, particularmente a epigalocatequina galato (EGCG). A EGCG é um poderoso antioxidante que além de inibir o crescimento de células cancerígenas, é capaz de destruir células cancerosas sem danificar os tecidos saudáveis.

Pesquisas com a EGCG demonstram que a substância também é eficaz na redução dos níveis de colesterol LDL (colesterol ruim), além de inibir a formação de coágulos sanguíneos anormais. Este último assume importância quando consideramos que a trombose (a formação de coágulos sanguíneos anormais) é a principal causa de ataques cardíacos e acidentes vasculares cerebrais.

Os efeitos proporcionados pelo consumo de EGCG também têm sido ligados ao “Paradoxo Francês”. Durante anos, pesquisadores ficavam perplexos pelo fato de, apesar de consumirem uma dieta rica em gordura, os franceses apresentavam uma menor incidência de doenças do coração do que os americanos. A resposta foi encontrada no vinho tinto, que contém resveratrol, um polifenol que limita os efeitos negativos do consumo de cigarro e uma dieta gordurosa. Em um estudo de 1997, pesquisadores da Universidade do Kansas determinaram que a EGCG é duas vezes mais poderosa que o resveratrol, o que pode explicar a razão pela qual a taxa de doenças cardíacas entre os japoneses é muito baixa, apesar de cerca de 75% serem fumantes.
O que dizem os estudos

Enquanto o chá verde já foi alvo de muitos estudos científicos internacionais, são poucas as informações sobre o chá branco na literatura científica. Ainda não há trabalhos representativos e que ofereçam informação fidedigna sobre a bebida, embora se saiba que a mesma é tão ou mais rica em catequinas que o próprio chá verde.

Recentes pesquisas mostram uma forte associação entre o consumo desses chás com uma ação antioxidante, anti-inflamatória e anticarcinogênica no trato digestivo. Alguns estudos evidenciam também os benefícios do chá verde para o coração e o sistema cardiovascular, além da capacidade do chá branco de destruir organismos causadores de infecções causadas por Staphylococcus Streptococcus.

Estudos realizados pela Universidade de Nova Jersey apontam que o consumo desses chás diminui a incidência do aparecimento de diversos tipos de câncer, como o de mama, pâncreas, cólon, esôfago e pulmão, em seres humanos. Outras pesquisas revelam que eles também estimulam o sistema imunológico, aumentando nossa proteção natural contra as infecções, inclusive contra gripe.

A saúde dentária também tem sido alvo das pesquisas com as bebidas derivadas da Camellia sinensis. Assim como esses chás apresentam a capacidade de destruir certas bactérias causadoras de infecções, ajudando na prevenção da intoxicação alimentar, eles podem destruir bactérias responsáveis pela formação da placa dentária.
Fator coadjuvante na perda de peso

Em relação à perda de peso, testes clínicos mostram que aparentemente esses chás são capazes de aumentar as taxas metabólicas e acelerar a oxidação das gorduras. Dulloo e colaboradores da Universidade de Genebra demonstraram que além da cafeína, a presença dos polifenóis presentes no chá verde aumenta a termogênese (taxa pela qual as calorias são queimadas) e o gasto total de energia. Esse gasto não é alto, em torno de 5% do gasto total de energia diário, mas os pesquisadores acreditam que combinado com uma dieta equilibrada, o chá verde pode funcionar como um coadjuvante da perda de peso.

O efeito que alavanca o metabolismo parece ser independente da cafeína suplementar consumida pelos indivíduos estudados, existindo uma interação sinergética entre cafeína e outros componentes bioativos do extrato de chá verde e/ou branco, que acarreta uma promoção de maiores taxas de queima de gordura.
Como esses chás devem ser consumidos?

Os chás verde e branco podem ser consumidos de diversas formas. A mais comum é a infusão das folhas secas em água quente. Contudo, a indústria atualmente pesquisa e desenvolve formas mais práticas e saborosas que oferecem o extrato em altas concentrações. Eu, por exemplo, assessorei dois desenvolvimentos onde foram utilizados extratos do chá verde ou branco com altas concentrações de polifenóis.

Os alimentos, elaborados em forma de pó para o preparo instantâneo da bebida, foram enriquecidos com vitaminas e minerais com ação antioxidante, adoçados com sucralose e flavorizados com sabor suave de frutas (cítrico ou abacaxi com hortelã). As duas bebidas podem ser consumidas geladas ou quentes e facilitam a vida do consumidor que preza pela praticidade e sabor.

Um ponto importante que merece ser destacado aqui é que na onda da popularização dessas duas bebidas, muitos fabricantes se aproveitam da situação e acabam oferecendo produtos com quantidades ínfimas do ingrediente, ou seja, de chá verde ou branco. Existem no mercado até gelatinas onde no rótulo pode-se ler a palavra chá verde em letras grandes, mas na verdade trata-se de uma sobremesa aromatizada com chá verde, e não enriquecida com este ingrediente funcional. Portanto, fica aqui um alerta para que os consumidores atentem-se para os rótulos desses produtos e aprendam a fazer a melhor escolha.
Modismo passageiro?

Os estudos científicos atuais consideram a Camellia sinensis uma planta estratégica para a saúde humana no século XXI. Por isso, do ponto de vista de pesquisadores como eu, que trabalham na área dos alimentos funcionais, bebidas à base dessa planta deverão cada vez mais fazer parte dos hábitos alimentares das pessoas, que até então desconheciam os inúmeros atributos dessas bebidas.

Os japoneses e chineses que as consomem há séculos, são considerados atualmente os povos mais longevos e com menor incidência de doenças do mundo. Entre esses povos, o provérbio chinês "Melhor ser privado de alimento por três dias, do que de chá por um” é seguido à risca, o que faz do chá verde, por exemplo, a segunda bebida mais consumida no mundo depois da água.
FONTE :http://www2.uol.com.br/vyaestelar/cha_verde_branco.htm

12 hábitos para emagrecer e não engordar nunca mais

Não foi do dia para a noite que você aprendeu a gostar de fritura, salgadinho, doce de leite. Então, se está disposta a comer melhor e mudar de vida, não espere milagre instantâneo. O pulo-do-gato é fazer uma mudança por vez. Só depois que a primeira modificação vira hábito, você parte para o próximo desafio. "Para fazer essa virada, é preciso acreditar que a nova atitude vai trazer um benefício e que não exigirá um grande esforço para entrar na nossa vida. Com isso em mente, fica mais fácil fazer as alterações na alimentação", diz a norte-americana Kristine Clark, diretora de nutrição do Centro de Medicina Esportiva da Universidade da Pensilvânia (EUA), que aposta no método. 

Para ajudar você nessa empreitada, a nutricionista Rosana de Oliveira, do Spa Naturallis, em Natal (RN), preparou um programa de três meses. Na primeira semana, você começa a beber mais água até chegar a 2 litros por dia. Fácil demais? A regra que comanda esse jogo é: devagar e sempre. Na segunda semana, você investe em mais um novo hábito e treina durante sete dias, sem, é claro, abandonar a conquista da semana anterior. E assim vai. 

1º SEMANA: ÁGUA ANTES DE COMER Você já sabe que o corpo precisa de oito a dez copos todo dia. O truque é quando tomar. Anote: dois copos de água uma hora antes do café da manhã, do almoço e do jantar. Antes de cada lanche, mais um copo. "Nosso corpo nem sempre identifica bem a sede", diz Kristine Clark. "Por conta disso, às vezes confundimos a falta de hidratação com fome e exageramos na comida." 

Tática: você pode deixar lembretes do tipo "não se esqueça da água" na agenda ou na caixa postal do celular. Manter uma garrafinha cheia na mesa de trabalho ou na bolsa dá certo. 

2º SEMANA: CAFÉ DA MANHÃ TODOS OS DIAS Pesquisas comprovam que quem toma um café da manhã nutritivo corre menos risco de comer feito uma leoa nas outras refeições. Além disso, você garante mais pique e concentração. Uma fruta, uma xícara de café com leite desnatado e uma fatia de pão integral com presunto magro ou peito de peru é uma ótima pedida para começar bem o dia. 

Tática: se não tem apetite quando acorda, comece com a fruta e, aos poucos, acrescente outros alimentos. Quem vive correndo pode optar por produtos prontos e saudáveis, como iogurte desnatado, suco light de caixinha, torrada integral e barrinha de cereais. 

3º SEMANA: MAIS REFEIÇÕES "Quem divide o que come em cinco refeições por dia acelera o metabolismo entre 5 e 15%", diz a nutricionista Heloísa Guarita, especialista em fisiologia do exercício. Imagina se você ainda maneirar nas porções: é emagrecimento na certa, porque você evita os picos de fome. 

Tática: o ideal é comer a cada três ou quatro horas. Se você toma o café da manhã às 7 h, faça um lanche às 10 h, almoce às 13 h, lanche às 16 h e jante às 20 h. 

4º SEMANA: REFRI UMA VEZ POR SEMANA Aproveite que você já adquiriu o hábito de beber mais água e reduza o refrigerante, que não acrescenta nada de bom ao organismo. Light ou normal, tanto faz: consumidos com a comida, diluem o suco gástrico e prejudicam a digestão. 

Tática: nas refeições, tome no máximo meio copo de água. No barzinho ou no restaurante, vá de sucos pouco calóricos, como maracujá e limão com adoçante. 

5º SEMANA: MAIS FRUTA, MENOS FOME As frutas frescas são cheias de vitaminas, minerais e fibras. Ou seja, alimentam e enganam a fome. Coma de três a quatro porções por dia, variando os tipos e inclua sempre uma cítrica (laranja, mexerica, limão) para melhorar a absorção do ferro presente nos outros alimentos. 

Tática: substitua o doce da sobremesa por uma fruta e economize um montão de calorias. Se detesta fruta, comece com as desidratadas, que são bem docinhas. 

6º SEMANA: A VEZ DOS INTEGRAIS Seu organismo consome mais calorias para digerir os produtos integrais do que os refinados. Quer mais? As fibras presentes especialmente nos grãos e nas farinhas integrais melhoram o funcionamento do intestino, varrem as toxinas do corpo e aumentam a sensação de saciedade, já que tornam a digestão mais lenta. 

Tática: troque o pão branco pelo integral, de centeio ou de aveia, de preferência light. Depois, faça o mesmo com o arroz e o macarrão. Acrescente grãos (soja, cevadinha, grão-de-bico) nas saladas; aveia nas sopas; granola no iogurte; gérmen de trigo nos sucos ou nas frutas picadas. 

7º SEMANA: CHOCOLATE PELA METADE Esse é o tipo de alimento que na medida certa faz bem: a todo momento surgem estudos comprovando que o polifenol, substância presente no chocolate, protege o coração, reduz o colesterol ruim, combate o envelhecimento precoce. Em excesso, a gente já sabe: vira pneuzinho.

Tática: em vez de comer uma barra inteira, coma metade mais uma maçã ou uma fatia de mamão. A fruta vai ajudá-la a chegar a um Alpino por dia. Barrinhas de cereais e frutas secas cobertas com chocolate (tipo Supino) também matam o desejo e têm inúmeras calorias a menos. 

8º SEMANA: LANCHES MAIS SAUDÁVEIS A mania de comer biscoito, bala e docinhos o tempo inteiro arrasa qualquer silhueta. Veja só: 1 bombom + 50 g de ovinhos de amendoim + 3 balas + 3 biscoitos recheados = 553 calorias, mais de 1/3 do que deveria consumir num dia inteiro. 

Tática: se você ama doce, na hora do lanche procure trocar o biscoito recheado por ameixa, banana ou damasco seco. Se não vive sem salgado, vá de sanduíche de pão integral com presunto magro. Outras opções gostosas: iogurte light com frutas; um punhado de amêndoas cruas sem sal; 1 suco light de caixinha com 2 torradas integrais; um capuccino com leite desnatado. 

9º SEMANA: MASTIGUE, MASTIGUE, MASTIGUE Quanto mais você mastigar os alimentos, melhor para a digestão e para espantar os quilos extras. A saciedade tem a ver com o tempo que levamos para comer. A partir de 20 minutos de mastigação, o cérebro começa a receber mensagens de que o corpo já está satisfeito. Se terminar a refeição antes desse tempo, vai querer repetir o prato. 

Tática: a cada garfada, descanse os talheres ao lado do prato enquanto mastiga. Você também pode contar o quanto mastiga cada garfada: 20 vezes é um bom número. 

10º SEMANA: 50% MENOS GORDURA Você não vive sem batata frita? Não precisa eliminar da sua vida, mas também não dá para comer todo dia e ser feliz... Reserve as frituras para os fins de semana e corte a quantidade pela metade. 

Tática: em casa, mude a forma de preparo. No lugar de mergulhar os nuggets e pasteizinhos na frigideira, leve-os ao forno. Faça o mesmo com o bife e os filés de peixe e de frango. 

11º SEMANA: VERDE ANTES DE TUDO 
Você pode comer folhas à vontade. São levíssimas e têm um montão de vitaminas e fibras. Um prato só de verdes antes do almoço vai ocupar seu estômago e você vai acabar comendo menos alimentos que engordam. Para temperar, use uma colher de chá de azeite com limão e pouco sal; mostarda; shoyu light, vinagre ou molho de iogurte. 

Tática: rúcula, agrião, escarola, acelga e alface podem ser consumidos refogados, picadinhos nas sopas, na carne moída, no frango de panela, no recheio das tortas, massas e panquecas e até nos sucos (evite coá-los para manter as fibras intactas). 

12º SEMANA: JANTAR ATÉ AS 20h Quando dormimos, o metabolismo desacelera e a gente consome menos energia. Quanto mais próximo da hora de dormir você jantar, maior o risco de armazenar gorduras. O ideal é comer pelo menos duas horas antes de ir para a cama: se isso acontece por volta das 22 h, jantar às 20 h é uma boa pedida. 

Tática: quando for impossível comer mais cedo, faça um prato mais leve, com salada, vegetais cozidos e carnes brancas magras, de preferência grelhadas, ou tome uma sopa de legumes, mas nunca deixe de jantar.
FONTE :http://boaforma.abril.com.br/dieta/aliados-da-dieta/12-novos-habitos-emagrecer-732222.shtml

Um novo modo de ver o tempo

Considero o tempo como um dos grandes mistérios do universo. Algo tão abstrato que é difícil de até definir – você sabe dizer o que é o tempo? É difícil, e hoje temos mais perguntas do que respostas. O tempo teve um início? O tempo terá um fim? Tempo existe ou é uma mera ilusão? Podemos viajar no tempo? Vamos tentar descobrir tudo isso.
Para a maioria das pessoas, a resposta mais usual para definir o tempo é que ele é algo que flui, imutável e eterno, e que vivemos no presente atualizado a cada instante. Mas você logo ganhará uma nova forma de ver o tempo, e perceberá que ele é algo incrível.

O tempo segundo Einstein

Einstein viagem no tempo
A relatividade geral bagunçou legal nossa compreensão do tempo. Para começar, segundo o maior físico da história o tempo é uma dimensão, assim como o espaço. Andamos nessa dimensão até a morte, viajamos juntos para o futuro. O tempo pode ser compreendido como um meio de transporte, e bem veloz por sinal: viajamos nele (quando estamos fisicamente parados) à exatos 1,08 bilhões de km/h – a velocidade da luz, a velocidade limite do universo.
Isso soa como incompreensível, eu sei, mas tem um sentido lógico por trás de tudo isso. Não podemos ultrapassar a velocidade da luz,  mas quando nos movemos, seja para dar uma simples caminhada ou viajar num avião, estaríamos ultrapassando essa velocidade imposta anteriormente?
Não. Isso seria uma violação à relatividade. O que acontece é que quando nos movemos fisicamente tomamos emprestado a velocidade, e em troca, emprestamos um pouco de nosso tempo. A velocidade do tempo funciona como um banco. Ou seja, se entramos numa nave a 80 milhões de km/h, pegamos emprestado essa velocidade para nos mover, e em troca, nosso relógio perde velocidade – o tempo passa mais devagar. Quanto mais rápido andamos, mais devagar o tempo passa, é uma das premissas de relatividade.
Isso só se torna perceptível a velocidades muito grandes. Nas velocidades que estamos acostumados no nosso cotidiano, é algo imperceptível, mas existe. O crédito de 1,08 é suficiente para quase tudo no universo.

Paradoxo dos gêmeos (Viajando para o futuro)

Se quanto mais depressa nos movemos no universo, mais devagar o tempo passa, então se um dos irmãos gêmeos entrar numa nave à 50% da velocidade da luz e retornar para a Terra após alguns anos, seu irmão gêmeo terá envelhecido muito mais que o viajante, pois para este o tempo passou duas vezes mais lentamente.
Enquanto você por exemplo envelheceu 4 anos, todo o povo aqui da Terra já reside no ano de 2060, inclusive você, só que você está quase tão novo quanto antigamente.
Paradoxo dos Gêmeos
Intrigante, não?

O tempo acaba?

Há regiões no universo onde não existe tempo, e tais regiões se encontram no interior de cada buraco negro. Em uma singularidade, a energia e densidade acabam ganhando resultados infinitos, mas não é só. Ali, espaço e tempo simplesmente não existem, desafiando todas as teorias físicas atuais. Algo que se aproximasse da borda de um buraco negro (e não fosse destroçado), simplesmente congelaria no tempo, até a eternidade.
A gravidade altera o tempo, pois quando um objeto muito massivo (como um planeta, estrela, ou buraco negro) existem, acabam afundando o tecido do espaço-tempo. Ou seja, quanto mais massivo é um planeta, por exemplo, mais lentamente o tempo passa em sua superfície. Logo, em objetos que ultrapassam o limite aceitável da curvatura, como buracos negros, o tempo simplesmente deixa de existir.
Leia também:

Paradoxo do avô (Viajando para o passado)

Paradoxo do Avô
Se de alguma forma pudéssemos criar um tipo de túnel no espaço, no qual uma de suas bordas fosse acelerada de alguma forma numa velocidade de 50% da velocidade da luz e após alguns anos desacelerada totalmente, a parte que foi acelerada freou no tempo, estando vários anos atrás da outra borda do túnel. Se entrássemos pela borda não acelerada e saíssemos pela outra, estaríamos no passado.
Existem vários métodos para viajar no passado, mas todos eles acabam criando incertezas teóricas muito intrigantes, e então inúmeros paradoxos, no qual a resolução deles exige teorias ainda mais malucas que universos paralelos, por exemplo.
E um desses paradoxos é o do avô, que consiste que você tenha voltado ao passado e de algum modo impeça seu próprio nascimento, como por exemplo, assassinando seus pais antes deles se conhecerem. Como você poderia ter nascido?
Existem muitas hipóteses sobre isso. Se quiser saber algumas, leia o artigo “O Paradoxo do Avô“.

Conclusão

Sei que esse artigo deve ter trazido mais perguntas do que respostas, algo totalmente natural para a ciência, afinal de contas, são as perguntas que sempre nos motivam a aprender e descobrir cada vez mais sobre esse maravilhoso universo que vivemos e suas intrigantes leis.
Em suma, o tempo não é imutável como a grande maioria pensa, e pode ser alterado pelo simples fato de nos movermos. Existem lugares onde o tempo não existe, e que viagens no tempo, apesar dos paradoxos, são teoricamente possíveis.

Comentario do Blog :
Seria impossível voltar ao passado ,pois o criador não permite e nem permitiria .
pois nem ele voltou ao passado para impedir a dão e eva de cometer o pecado original e e nem a serpente de cair .....
Como é ser o todo poderoso e não poder usar seu poder ?(todo o poder )
tenho certeza que aqui se aplica a inteligencia pois a  sabedoria é mais importante que poder .
Por isso eu louvo ao criador por ser tão cheio de poder e sabedoria (poder da sabedoria ).
e permite-se revelar aos pequeninos  como  eu !

Uma mensagem alienígena embutida no nosso código genético?

A resposta para saber se estamos ou não sozinhos no universo pode estar bem debaixo do nosso nariz, ou mais literalmente, dentro de cada célula do nosso corpo.

Poderiam nosso genes conter um “selo do fabricante” escrito há bilhões de anos em outros lugares de nossa galáxia? Tal grife pode ser uma marca de uma civilização alienígena mestre que nos precedeu há muitos milhões ou bilhões de anos. Como seu legado, eles podem reformulado a Via Láctea em sua própria imagem biológica.
Os pesquisadores Vladimir I. shCherbak e Maxim A. Makukov sugerem que o sinal inteligente embutido no nosso código genético seja uma mensagem matemática e semântica que não pode ser explicada pela evolução darwiniana.
Uma mensagem alienígena embutida no nosso código genético?
Eles dizem que, uma vez fixado, o código pode permanecer inalterado em escalas de tempo cosmológicas, representando uma excelente assinatura inteligente. Uma vez que o genoma é apropriadamente reescrito, o novo código com a assinatura permanecerá congelado na célula, que o transmitirá através do espaço e do tempo.
Para testar a ideia, os pesquisadores disseram que quaisquer padrões no código genético devem ser altamente significantes e possuir características inteligentes que são inconsistentes com qualquer processo natural.
Eles argumentam que sua detalhada análise do genoma humano exibe uma minuciosa ordem de precisão  entre os nucleotídeos do DNA e aminoácidos, revelando padrões aritméticos e ideográficos de uma linguagem simbólica, incluindo o uso da notação decimal, transformações lógicas e o uso do abstrato símbolo do zero.
Esta interpretação leva a uma conclusão absurda: a de que o código genético foi inventado fora do sistema solar há bilhões de anos. A vida na Terra teria sido semeada pela atividade interestelar.
Essa ideia vai de encontro à uma ideia que é totalmente contrária à ciência: o conceito de que um poder superior tenha criado a vida. Pode a hipótese de uma assinatura alienígena em nosso código genético ser mais crível ou provável do que o cenário bíblico?
ato é que sabemos muito pouco sobre a origem da vida na Terra, e sem dúvida é muita presunção afirmar que é possível identificar uma estrutura genética que supostamente desafia uma explicação natural. Mesmo a descoberta de vida em outros cantos do sistema solar e fora dele não apoiaria essa ideia.
E mesmo que o código genético seja um legado de um grande projetista extraterrestre, quem então o projetou? [Discovery News]
comentario do blog :
é cada vez mais chegamos as comprovações de que a vida existe por interveção   de um criador .
e a vida só existe para prestigiarmos a boa e bela criação ,estamos em vida para aprender até chegar ao fim dela .
a vida só existe para celebrarmos a vida em si.
cada vez mais o diabo por traz de Darvin(dizem pertencer a Darvin a teoria da evolução)então continuando ,cada vez mais novos conhecimentos são descobertos e cada vez mais "o diabo por traz de Darvin " é desmascarado......

FORSS - FUNK FOR NERDS

Cortar o trigo da sua dieta é benéfico, diz Dr William Davis

Por cyro
 
Do Blog Vida Primal
A medicina descobre os malefícios do trigo.
Publicado em 2 de outubro de 2011 e no original em inglês, no site www.fathead-movie.com em 12 de setembro de 2011
Traduzido por Thiago M. Witt
Fat head: Você é um cardiologista por profissão, e no entanto você acaba de escrever um elaborado livro sobre os efeitos negativos do consumo de trigo. Como o trigo apareceu no seu radar? O que o fez suspeitar que o trigo pode estar por trás de muitos de nossos problemas de saúde modernos? 
Dr. Davis: Tudo começou vários anos atrás quando eu pedi aos pacientes do meu consultório que considerassem eliminar todo o trigo de suas dietas. Eu fiz isso seguindo uma lógica muito simples: Se alimentos feitos com trigo elevam o açúcar no sangue mais do que quase todos os outros alimentos (devido ao seu alto índice glicêmico), incluindo o açúcar de cozinha, então remover o trigo deve reduzir o açúcar no sangue. Eu estava preocupado com os altos níveis de açúcar no sangue já que 80% das pessoas que chegavam no meu consultório tinham diabetes, pré-diabetes ou o que eu chamo de “pré-pré-diabetes”. Resumindo, a grande maioria das pessoas mostravam marcadores metabólicos anormais.
Eu forneci aos pacientes um simples folheto de duas páginas sobre como fazer isso, isto é, como eliminar o trigo e substituir as calorias perdidas com alimentos saudáveis como mais vegetais, oleaginosas, carnes, ovos, abacates, azeitonas, azeite de oliva, etc. Eles voltavam três meses depois com taxas de açúcar no sangue em jejum menores, hemoglobina A1c menor (um reflexo da taxa de açúcar no sangue dos últimos 60 dias); alguns diabéticos se tornaram não-diabéticos, pré-diabéticos se tornaram não pré-diabéticos. Eles também voltavam cerca de 15 quilos mais leves.
Então eles começavam a me contar sobre outras experiências: alívio de artrite e dores nas juntas, irritações de pele desaparecendo, asma melhorando o suficiente para que parassem com os inaladores, sinusites crônicas indo embora, inchaço nas pernas indo embora, enxaquecas cessando pela primeira vez em décadas, sintomas de refluxo ácido e intestino irritável aliviados. No começo, eu dizia aos pacientes que era apenas uma estranha coincidência. Mas aconteceu tantas vezes e a tanta gente que ficou claro que isso não era coincidência; era um fenômeno real e reprodutível.
Foi aí que eu comecei a remover sistematicamente o trigo da dieta de todo mundo e continuei a testemunhar reviravoltas similares na saúde afetando dezenas de doenças. Não houve volta atrás desde então.
Fat Head: Você cita um bocado de pesquisa acadêmica no seu livro, mas você também cita casos do seu histórico de prática médica. Então, como uma questão do ovo-ou-galinha, qual veio primeiro? Você começou notando que os pacientes que consumiam muito trigo tinham mais problemas de saúde e então saiu em busca de pesquisas que apoiassem as suas suspeitas, ou você cruzou com pesquisas que o levaram a notar como os seus pacientes estavam se alimentando?
Dr. Davis: A experiência do mundo real veio primeiro. Mas o que me surpreendeu foi que já havia uma extensa literatura médica documentando tudo isso, mas era largamente ignorada ou não alcançava a consciência geral nem a consciência da maioria dos meu colegas. E a maior parte da documentação vem da literatura de genética agricultural, uma área, eu posso garantir, que meus colegas não estudam. Mas eu desenterrei esta área da ciência e falei com pessoas da USDA e no departamento de agricultura em universidades para ganhar entendimento total de todas as questões.
Uma das dificuldades que explicam parcialmente por que muitas destas informações nunca viram a luz do dia é que os geneticistas agriculturais trabalham em plantas, não em humanos. Há uma ampla e pervasiva presunção seguida por estes cientistas bem intencionados: Não importa quão extremas as técnicas usadas para alterar a genética de uma planta como o trigo, ela ainda é perfeitamente boa para o consumo humano… sem nenhuma dúvida. Eu acredito que isto é completamente errado e está por trás de muito do sofrimento infringido em humanos consumindo este produto moderno da pesquisa genética ainda chamada, enganosamente, de “trigo”. 
Fat Head: Então depois de apontar o trigo como o causador de vários problemas de saúde, você começou a aconselhar seus pacientes a eliminá-lo de suas dietas. O que o inspirou a dar o passo extra – e é um grande passo – de escrever um livro?
Dr. Davis: O que eu testemunhei nas milhares de pessoas que removeram o trigo de suas dietas não foi nada menos que incrível. Quando eu vi uma perda de peso de mais de 30 quilos em seis meses, níveis de humor e energia disparando, reversão de doenças inflamatórias como colite ulcerosa e artrite reumatóide, alívio de irritações de pele crônicas e artrite – e os efeitos foram consistentes caso após caso – eu percebi que não poderia deixar essa questão passar silenciosamente apenas na prática do meu consultório.
Reconhecidamente, o mundo vai precisar de mais dados confirmatórios antes que o trigo, ou pelo menos a versão moderna geneticamente alterada do trigo que estão nos vendendo, seja removido do prato de jantar do mundo. Mas os dados que já estão disponíveis são mais que suficientes, eu acredito, para trazer esta informação ao público para que as pessoas tomem suas decisões por si mesmas. Eu comparo esta situação a viver em um vilarejo onde todos bebem a água do mesmo poço. Nove em cada 10 pessoas ficam doentes quando bebem a água do poço; todos se recuperam quando param de beber. Quando voltam a beber, todos adoecem novamente; param e ficam melhores. Com uma relação causa-e-efeito tão consistente e reprodutível como essa, precisamos mesmo de um ensaio clínico para prová-lo para nós? Eu não preciso.
Isto será uma longa e difícil batalha na arena pública. O trigo compõe 20% de todas as calorias humanas. Ele requer uma enorme infraestrutura para o plantio, colheita, extração de sementes, fertilização, processamento e distribuição. Esta mensagem vai potencialmente prejudicar o sustento de milhares, talvez milhões de pessoas que fazem parte desta infraestrutura. Isso me lembra das batalhas que foram travadas (e são ainda hoje) quando se tornou amplamente aceito que fumar cigarros fazia mal. Quando as pessoas de dentro da indústria do tabaco eram indagadas sobre como elas podiam trabalhar para uma companhia que destruía a saúde das pessoas, elas respondiam “Eu tinha que sustentar minha família e pagar meu aluguel”. A discussão elimine-todo-o-trigo-da-dieta-humana que eu proponho vai atingir muita gente onde dói mais: no bolso. Mas, pessoalmente, eu não estou disposto a sacrificar a minha própria saúde, a da minha família, amigos, vizinhos, pacientes e da nação para permitir que um status quo incrivelmente insalubre continue.
Fat Head: Quanto mais eu leio o livro, mais eu me pego pensando, “Uau, eu sabia que o trigo era ruim para nós, mas é ainda pior do que eu pensava”. Você teve a mesma reação enquanto fazia a pesquisa para o livro? Você ficou surpreso ao ver quantos problemas físicos e mentais o trigo pode causar?
Dr. Davis: Sim. Eu sabia que o trigo era ruim desde o início do projeto. E houveram momentos em que eu me perguntava se não estava deixando passar alguma coisa, dada a adoção unânime dos grãos pelo agronegócio, fazendeiros, cientistas agriculturais, o USDA, FDA, Associação Dietética Americana, etc. Mas o oposto aconteceu: Quanto mais a fundo eu ia, mais esta coisa sendo vendida para nós com o nome de “trigo” parecia pior… e pior, e pior, quanto mais longe eu ia.
Eu sou consciente da armadilha “para alguém com um martelo, tudo parece um prego” que podemos cair, mas quando você vê doença após doença desaparecer com a eliminação do trigo, não dá pra deixar de se convencer que ele tem um papel crucial em centenas, literalmente centenas, de condições comuns.
Fat Head: Você descreve no seu livro como o trigo de hoje é o produto de cruzamento genético. Os cruzamentos são inerentemente ruins? Não acontecem cruzamentos na natureza o tempo tudo?
Dr. Davis: Sim, acontecem. Humanos, assim como todas as plantas e animais, são o produto de cruzamentos ou hibridização. Amor, sexo, e cruzamento fazem o mundo girar e tornam a vida interessante. O problema é que estes termos são usados muito vagamente pelos geneticistas.
Por exemplo, se eu expor sementes e embriões de trigo ao potente veneno industrial azida de sódio, posso induzir mutações no código genético da planta. Primeiro, deixa eu falar sobre a azida de sódio. Se ingerida, as pessoas do controle de venenos do Centro para Controle de Doenças recomenda que você não tente ressucitar a pessoa que a ingeriu e parou de respirar como resultado – apenas deixe a vítima morrer – porque a pessoa tentando salvá-la pode morrer também. E, se a vítima vomitar, não jogue o vômito na pia porque ela pode explodir (isso já aconteceu). Então, exponha sementes e embriões de trigo à azida de sódio e você obtêm mutações. Isto é chamado de mutagênese química. Sementes e embriões também podem ser expostos a irradiação gama e altas doses de radiação de raio-x. Todas estas técnicas caem sob nome de hibridização ou, ainda mais enganador, técnicas de reprodução tradicionais. Eu não sei quanto a você, mas a reprodução entre os humanos que eu conheço não envolvem massagear um ao outro com venenos químicos ou uma tarde romântica em um ciclotron para induzir mutações na nossa prole.
Estas “técnicas de reprodução tradicionais”, por falar nisso, são consideravelmente mais disruptivas para a genética da planta que a engenharia genética. Os americanos estão em guerra com os alimentos geneticamente modificados (transgênicos, ou seja, com a adição ou remoção de um único gene). A grande ironia é que a engenharia genética é uma substancial melhoria sobre as “técnicas de reprodução tradicionais” que ocorreram durante décadas e que ainda ocorrem.
Fat Head: Eu o conheci em pessoa a mais de um ano atrás, e você é um cara bem magro, então eu fiquei surpreso ao ler no livro que você costumava carregar por aí a sua própria barriga de trigo. Descreva as diferenças entre você como um consumidor de trigo e você agora, em termos de ambos o seu físico e a sua saúde.
Dr. Davis: Quinze quilos atrás, enquanto eu ainda era um entusiástico consumidor dos “saudáveis grãos integrais”, eu lutava contra constantes dificuldades em manter o foco e a energia. Eu dependia de potes de café ou caminhadas e exercício só para combater a letargia e a mente enevoada. Meus números de colesterol refletiam meus hábitos de consumo de trigo: HDL 27 mg/dl (muito baixo), triglicérides 350 mg/dl (MUITO alto), e açúcar no sangue na faixa de diabetes (161 mg/dl). Eu tinha pressão alta, com valores ao redor de 150/90. E todo o meu excesso de peso era ao redor da cintura – sim, minha própria barriga de trigo.
Dar adeus ao trigo me ajudou a perder o peso ao redor da cintura; meus números de colesterol: HDL 63 mg/dl, triglicérides 50 mg/dl, LDL 70 mg/dl, açúcar no sangue 84 mg/dl, pressão 114/74—sem usar nenhum remédio. Em outras palavras, tudo se reverteu. Tudo foi revertido incluindo a luta para manter a atenção e o foco. Agora eu posso me concentrar e focar em alguma coisa por tanto tempo que minha esposa me manda parar.
Levando tudo em conta, eu me sinto melhor hoje com 54 anos do que eu me sentia quando tinha 30.
Fat Head: Como aprender o que você sabe sobre o trigo e outros grãos mudou sua prática médica?
Dr. Davis: Catapultou o sucesso em ajudar as pessoas a recuperarem a saúde para a estratosfera. Entre as pessoas seguindo esta dieta, isto é, eliminar o trigo e limitar outros carboidratos (junto com outras estratégias saudáveis para o coração que eu advogo, incluindo suplementação com óleo de peixe, suplementação com vitamina D para alcançar um nível desejável de vitamina D 25-hidroxi de 60-70 ng/ml, suplementação de iodo e normalização de disfunção da tireóide), eu não vejo mais ataques cardíacos. Os únicos ataques cardíacos que eu vejo são de pessoas que eu recém conheci ou aqueles que, por um motivo ou outro (normalmente falta de interesse) não seguem a dieta. Um padre de quem eu cuido, por exemplo, um homem generoso e maravilhoso, não conseguiu se obrigar a rejeitar os muffins, tortas e pães que seus fiéis lhe traziam todos os dias; ele teve um ataque cardíaco apesar de fazer todo o resto corretamente.
Esta abordagem dietética, apesar de parecer peculiar superficialmente, é extremamente poderosa. Que dieta, afinal, causa perda de peso substancial, corrige as causas das doenças cardíacas como partículas LDL pequenas, reverte a diabetes e a pré-diabetes, e melhora ou cura múltiplas condições variando de artrite reumatóide a refluxo ácido?
Fat Head: Você viu centenas de seus próprios pacientes ficarem curados de doenças supostamente incuráveis após abrirem mão do trigo. Descreva um ou dois dos exemplos mais dramáticos.
Dr. Davis: Duas pessoas estão na minha cabeça quase todos os dias, principalmente porque eu sou especialmente gratificado pela magnitude de suas respostas e porque eu tremo de pensar em como seriam suas vidas se eles não se engajassem nesta mudança de dieta.
Eu descrevo a história de Wendy no livro, uma mãe e professora de 36 anos que tinha uma colite ulcerosa quase incapacitante; são grave que, apesar de três medicações, ela continuava a sofrer constantemente de cólicas, diarréia e sangramento suficiente para requerer transfusões de sangue. Quando eu conheci a Wendy, ela me contou que seu gastroenterologista e cirurgião tinha agendado para ela uma cirurgia para remoção do cólon e criação de uma bolsa de ileostomia. Estas seriam mudanças para o resto da vida; ela estaria fadada a usar uma bolsa para coleta de fezes pelo resto da vida. Eu insisti para que ela removesse o trigo. No começo ela se opôs, já que suas biópsias intestinais e exames de sangue falharam para o teste de doença celíaca. Mas, tendo visto tantas coisas incríveis acontecerem com a remoção do trigo, eu sugeri que não havia nada a perder. Então ela concordou. Três meses depois, ela não apenas tinha perdido 17 quilos, mas todas as cólicas, diarréias e sangramentos haviam parado. Agora já fazem dois anos. Ela foi retirada de todas as medicações e não há mais sinais da doença – colón intacto, nenhuma bolsa de ileostomia. Ela está curada.
O segundo caso é o Jason, também descrito no livro, um programador de software de 26 anos, neste caso incapacitado por dores nas juntas e artrite. Consultas com três reumatologistas não conseguiram chegar a um diagnóstico; todos prescreveram anti-inflamatórios e medicação para dor, enquanto Jason continuava a mancar por aí, incapaz de se envolver em mais que pequenas caminhadas. Dentro de cinco dias desde que removeu todo o trigo, Jason estava 100% livre de dores nas juntas. Ele disse que ele achou isso absolutamente ridículo e se recusou a acreditar. Então ele comeu um sanduíche: As dores nas juntas voltarem correndo. Agora ele está estritamente livre do trigo e das dores.
Fat Head: Seus pacientes são sortudos – você prefere mudar a dieta de um paciente a fazer uma receita médica sempre que possível. Infelizmente, você está entre a minoria. Como eu contei no meu blog recentemente, a esposa de um colega de trabalho foi finalmente curada de suas dores de cabeça quando um conhecido sugeriu que ela parasse de comer grãos. Ela havia ido a diversos médicos que meramente prescreviam medicações. Então… porque tão poucos médicos estão cientes de como os grãos podem afetar nossa saúde?
Dr. Davis: Eu acredito que a área da saúde foi desviada em direção à alta tecnologia, procedimentos que produzem altos lucros, medicações, e cuidados catastróficos. Muito na área da saúde perderam a visão de ajudar as pessoas e cumprir sua missão de curar. Enquanto isso soa fora de moda, eu acredito que é uma tendência ruim para a saúde ser reduzida a uma transação financeira sujeita a restrições legais. Ela precisa voltar a ser uma relação de cura.
Eu acredito que muitos na área da saúde também tenham se desencantado com a ineficácia da orientação alimentar. Porque a “sabedoria” alimentar tem estado errada em tantos pontos durante os últimos 50 anos, as pessoas ficaram desconfiadas da capacidade da nutrição e dos métodos naturais para a melhora da saúde. Pelo que eu testemunhei, no entanto, a nutrição e os métodos naturais tem um poder enorme para curar – se os métodos corretos forem aplicados.
Fat Head: Você espera que seu livro eduque mais doutores no assunto, ou esta é uma daquelas situações onde o público terá que ignorar seus médicos e aprender sozinhos?
Dr. Davis: Lamentavelmente, muitas pessoas lerão a mensagem em Wheat Belly, irão experienciar as incríveis transformações na saúde e peso que podem acontecer, então vão contar aos seus médicos, que irão declarar seu sucesso como uma “coincidência”, “força de vontade”, “efeito placebo” ou outra desculpa. Muitos de meus colegas se recusam a reconhecer o poder da dieta mesmo quando confrontados com resultados poderosos. Isto só poderá mudar após um período muito longo.
Felizmente, mais e mais de meus colegas estão começando a ver a luz e não procurar pelas respostas em drogas e procedimentos. Estes são os profissionais da saúde que eu espero que irão emergir para ajudar pessoas como defensores e treinadores em conduzir uma experiência como a que é descrita em Wheat Belly.
Fat Head: Se mais médicos fossem informados das questões sobre as quais você escreve em Wheat Belly, você acha que eles mudariam suas recomendações alimentares, ou a mentalidade “gordura é má, grãos são bons” está enraizada demais na profissão?
Dr. Davis: Não há absolutamente nenhuma dúvida de que o argumento “gordura é má, grãos são bons” vai persistir nas mentes de muitos de meus colegas por muitos anos. No entanto, eu acredito que se eles lessem os argumentos expostos logicamente em Wheat Belly, eles iriam primeiramente reconhecer que o “trigo” não é mais trigo e sim um produto incrivelmente transformado da pesquisa genética. Então eles começariam a seguir a lógica e entender que a longa lista de problemas associados ao consumo do “trigo” moderno começa a explicar por que estamos testemunhando uma explosão em doenças comuns. É aí que espero que todos nós ouçamos um coletivo “Aha!”.
Fat Head: O Dr. Robert Lustig acredita que o excesso de frutose é singularmente responsável por induzir a resistência à insulina e outros aspectos da síndrome metabólica. Você culpa o trigo. Quando eu comecei a apresentar sinais de pré-diabetes no meus trinta e tantos anos, eu quase não consumia açúcar – eu sabia que o açúcar era ruim para mim – mas eu comia um monte de massa, cereais e pães. Descreva como você acredita que o consumo de trigo pode levar ao diabetes tipo 2 mesmo entre aqueles que não tomam litros de refrigerante ou comem bolinhos Ana Maria.
Dr. Davis: Não há dúvidas que a frutose é realmente um grande problema na dieta dos americanos modernos. Como o trigo, fontes de frutose como a sacarose, o xarope de milho de alta frutose, o mel e o xarope de ágave aumentam a gordura visceral, o açúcar no sangue, e causam uma curiosa demora na limpeza das partículas sanguíneas (restos de quilomícrons) após as refeições que levam à aterosclerose. Então o livro Wheat Belly, logicamente, não argumenta que o único problema na dieta americana é o trigo.
No entanto, como muitos de nós aprenderam, cortar as fontes de açúcar e frutose é uma grande idéia, mas não resolve o problema inteiro, apenas um aspecto. E o trigo é o culpado nas pessoas que acreditam que estão seguindo um caminho mais saudável ao incluir bastante dos “saudáveis grãos integrais”.
Duas fatias de pão integral aumentam o açúcar no sangue mais do que açúcar de cozinha, mais do que muitos doces. Estranhamente, isto não impede os nutricionistas de encorajá-lo a comer mais disso. Coma mais trigo e as elevações dos níveis de açúcar no sangue aumentam em magnitude e frequência. Isto leva a elevações maiores e mais frequentes dos níveis de insulina que, por sua vez, criam a resistência à insulina, a condição que leva à diabetes.
Estas elevações nos níveis de açúcar no sangue também são intrinsecamente danosas às delicadas células pancreáticas beta, que produzem a insulina, um fenômeno chamado glucotoxidade. As células betas possuem pouca capacidade de regeneração. Danos repetidos devido à glucotoxidade levam a um número cada vez menor de células beta saudáveis e funcionais produzindo insulina. É aí que o nível de açúcar no sangue fica persistentemente em níveis elevados – mesmo quando seu estômago está vazio: pré-diabetes, seguida em pouco tempo pela diabetes.
Então o trigo que nos aconselham a comer mais não é a solução para a epidemia de diabetes que se espera que inclua um a cada dois adultos americanos em um futuro próximo, e 346 milhões de pessoas mundialmente – comer mais dos “saudáveis grãos integrais” é, creio eu, a causa desta situação. E removê-los nos traz de volta ao caminho para deter ou até mesmo reverter isso.
Fat Head: Você descreve em Wheat Belly como o trigo anão de hoje contém mais proteínas do glúten e causa um aumento mais dramático na glicose no sangue que o trigo que nossos bisavós consumiam. Mas Jared Diamond e outros apresentaram argumentos convincentes que a troca para uma dieta baseada em grãos fez com que o humanos se tornassem mais baixos, mais gordos e mais doentes mesmo em tempos pré-bíblicos, quando o trigo mutante de hoje em dia não existia. Então você diria que o trigo passou de um alimento bom para um alimento ruim, ou de um alimento ruim para um ainda pior?
Dr. Davis: Eu iria com a segunda opção, indo de um alimento ruim com efeitos adversos para a saúde em algumas pessoas, para um alimento incrivelmente ruim com efeitos adversos para quase todo mundo.
É lógico, se você estivesse faminto e a sua única opção de comida fosse pão, você deveria comer o pão. Não há dúvidas que o trigo, como um produto dos primórdios da agricultura, serviu para alimentar os humanos quando o a caça ou coleta falhava. Como o Dr. Diamond aponta, esta fonte de calorias, este seguro contra os dias de caça infrutífera, e alimento de conveniência teve consequências adversas para a saúde mesmo para os humanos antigos, mesmo em suas primeiras formas, como o einkorn e emmer.
Nós temos como um fato que o consumo de trigo tem sido prejudicial para os humanos desde que começamos a consumi-lo através de observações como as apontadas pelo Dr. Diamond: humanos diminuindo de estatura, aumentando de peso e adoecendo mais (doenças ósseas, apodrecimento dos dentes, câncer, talvez aterosclerose) com o consumo de trigo, assim como as descrições de doença celíaca tão antigas quanto 100 AC.
São as alterações introduzidas pelos geneticistas durante os últimos 40-50 anos, em conjunto com a recomendação para que se consuma mais trigo, que conspiraram para a criação da atual bagunça em que nos encontramos, transformando o trigo de um ingrediente problemático a um flagelo que exerce efeitos adversos à saúde em escala internacional.
Fat Head: Vamos falar sobre alguns dos problemas de saúde específicos que podem ser causados ou acelerados pelo trigo. Um dos meus leitores tem uma irmã que foi curada de esclerose múltipla após eliminar o trigo. Outros me contaram que foram curados de fibromialgia, transtorno de déficit de atenção ou depressão. Eles estão todos loucos, ou os “saudáveis grãos integrais” tem alguma coisa a ver com essas doenças?
Dr. Davis: Mesmo eu tendo testemunhado os incríveis efeitos da eliminação do trigo em milhares de pessoas durantes muitos anos, mesmo eu ainda aprendo novas lições sobre seus efeitos. Parece que não passa uma semana sem que eu aprenda algum novo benefício da eliminação do trigo.
Eu também ouvi incontáveis casos de alívio evidente, e ocasionalmente cura, de fibromialgia, TDA e depressão. Eu tenho apenas algumas instâncias em que eu testemunhei melhoras em esclerose múltipla, já que esta doença é incomum na população que eu atendo na prática de cardiologia e na minha experiência de saúde cardíaca on-line. Mas dado o alcance do trigo em tantos aspectos da saúde, eu não ficaria nem um pouco surpreso de ver uma remissão substancial da doença, dado os potenciais efeitos inflamatórios dos componentes do trigo no sistema nervoso central.
Infelizmente, a maioria dos meus colegas tratam isso como pura coincidência, apesar do fato disso poder ser ligado com o consumo de trigo, e desligado com a eliminação do trigo, ligado novamente à vontade – repetidamente, reprodutivelmente, e em muitas, muitas pessoas. A noção que grãos integrais são saudáveis está tão profundamente infiltrada no pensamento das pessoas na área da saúde que elas são muito resistentes a mudar suas visões.
Eu comparo esta situação a viver em um vilarejo onde todos bebem a água do mesmo poço. Um dia, 9 entre 10 pessoas ficam doentes bebendo dessa água; eles melhoram quando param de beber a água. Por conveniência, eles voltam a beber a água do poço e 9 entre 10 prontamente adoecem novamente; melhoram de novo quando param. Nós exigimos um estudo clínico para provar que existe realmente um problema? Insistimos que é apenas a imaginação das pessoas e que a diarréia e desnutrição resultantes do consumo da água é devido a alguma outra coisa? Esta é a situação em que nos encontramos com esta coisa que nos vendem e chamam de “trigo”.
Eu não acho que estou causando uma histeria coletiva, com todo mundo atirando loucamente seus produtos feitos com trigo no lixo porque eu mandei. As pessoas estão relacionando suas experiências de perda de peso substancial sem restrição calórica, alívio de múltiplas condições e doenças, assim como sentimentos subjetivos de bem-estar e humor melhorados. De fato, eu diria que a eliminação do trigo é a estratégia mais incrível e consistentemente efetiva para a melhora da saúde que eu jamais testemunhei em 25 anos de prática de medicina.
Fat Head: Eu abri mão do trigo e outros grãos primeiramente para perder peso, então eu fiquei agradavelmente surpreso quando vários problemas de saúde irritantes foram embora logo em seguida… psoríase, uma asma leve, refluxo gástrico e artrite entre eles. Com que frequência você vê resultados como o meu, e por que o trigo causa estes problemas em primeiro lugar?
Dr. Davis: Resultados como o seu são a regra, não a exceção. De fato, é apenas ocasionalmente que uma pessoa diz “eu perdi 2 quilos em um mês mas nada mais aconteceu.”
Sendo conservador, eu estimaria que 70% das pessoas experienciam benefícios substanciais além da perda de peso. Pode ser o alívio de um problema de pele como psoríase, alívio de problemas nas vias respiratórias como asma e sinusite crônica, alívio de problemas gastrointestinais como refluxo ácido e síndrome do intestino irritável, ou pode ser alívio da artrite simples ou da inflamatória como a artrite reumatóide. A série de problemas causados ou piorados por esta coisa não é nada menos que espantosa.
Não há nenhum componente isolado do trigo que seja responsável por sua miríade de efeitos adversos para a saúde. A proteína gliadina é responsável por efeitos inflamatórios diretos, enquanto ao mesmo tempo estimula o apetite. A proteína glúten é responsável pelo efeito inflamatório destrutivo no intestino e no sistema nervoso central. As lectinas no trigo provavelmente estão por trás do aumento da permeabilidade intestinal para múltiplas proteínas de fora que se cascateiam em problemas inflamatórios e auto-imunes como artrite reumatóide e lupus. A amilopectina A é responsável pela expansão da gordura visceral no abdômen, a “barriga de trigo” que por sua vez leva à inflamação, resistência à insulina, diabetes, artrite e doença cardíaca.
Fat Head: Então são primariamente o glúten e as lectinas no trigo que causam tantos problemas digestivos, ou há alguma outra coisa envolvida também?
Dr. Davis: Incrivelmente, ainda que o efeito do trigo no rompimento da saúde do sistema digestivo seja ubíquo – certamente é muito mais do que a doença celíaca – tem havido pouca exploração dos motivos. Então eu só posso especular o porquê do trigo exercer efeitos gastrointestinais tão frequentes e generalizados.
Provavelmente tem a ver com a gliadina, o glúten e as lectinas – um ou uma combinação de todos eles. Também estou convencido que há componentes no trigo além destes três que exercem efeitos adversos para a saúde que explicam por que eu vejo que o todo é maior que a soma das partes, isto é, que a remoção do trigo parece proporcionar maiores benefícios do que cada componente prejudicial sugeriria.
Fat Head: Todos os tipos de glúten são igualmente ruins ou alguns são piores que outros? Se alguns são piores, será o glúten do trigo moderno particularmente danoso?
Dr. Davis: A estrutura do amino ácido do glúten pode variar amplamente, mas todo glúten compartilha a viscoelasticidade característica desejada pelos padeiros e consumidores, a propriedade que permite ao pizzaiolo jogar a massa para o alto para dar forma à pizza e permite que as massas sejam moldadas em múltiplas formas.
As piores, mais nocivas formas de glúten são as variedades recentes criadas por geneticistas. As mudanças introduzidas na coleção de genes “D” características do trigo moderno semi-anão são provavelmente responsáveis por quadruplicar os casos de doença celíaca no nossos tempos, dobrando somente nos últimos vinte anos. Formas menos destrutivas de glúten são aquelas encontradas em variedades antigas de trigo como a eikorn, emmer e spelt – menos destrutivas, mas não inofensivas.
Minha visão: O glúten, em todas as suas formas, mas especialmente em suas formas modernas, é potencialmente tão destrutivo para a saúde humana que a solução ideal é dizer adeus a ele completamente.
Fat Head: Você aconselha a seus pacientes a ficarem livre do trigo, ou livres do trigo e do açúcar? Eu pergunto porque se eles se livram de ambos, algumas pessoas diriam que era o açúcar que estava causando problemas, não os grãos.
Dr. Davis: Sim, o açúcar está na lista a evitar. Não há dúvidas que, pelo menos para algumas pessoas, especialmente os mais jovens, a exposição ao açúcar em refrigerantes, junk foods e petiscos é um grande problema.
No entanto, apenas eliminar o açúcar e comer mais “saudáveis grãos integrais” faz a maioria das pessoas não perder peso, mas ganhá-lo. Esta é a luta de pessoas que acreditam que estão seguindo conselhos saudáveis para limitar os doces e comer mais “saudáveis grãos integrais” para depois se encontrarem 15, 20, 50 quilos além do peso ideal.
Troque a ordem, isto é, elimine todo o trigo, e o desejo por doces é quase sempre reduzido sensivelmente, já que a gliadina, a proteína do trigo estimulante de apetite foi eliminada. É uma tarefa bem mais fácil eliminar o trigo primeiro, ao invés de eliminar o açúcar primeiro.
E, é claro, não se trata apenas do peso. Se trata de todos os outros efeitos do trigo que mesmo o açúcar não pode provocar, como inflamação nas juntas, refluxo ácido, síndrome do intestino irritável, efeitos no cérebro, retenção de líquidos, etc.
Fat Head: No livro Nutrition and Physical Degeneration (Nutrição e Degeneração Física) do Dr. Weston A. Price, ele descreveu como pessoas em sociedades tradicionais fermentavam ou deixavam de molho os seus grãos antes de consumi-los. Você acredita que fazer isso torna os grãos um perigo menor para a saúde, ou o trigo mutante atual é muito cheio de proteínas problemáticas para se tornar seguro usando estes métodos?
Dr. Davis: Deixar de molho e fermentar transformam o trigo, uma coisa ruim, em uma forma que contém menos lectinas e menos glúten (entre outras alterações), uma coisa menos ruim. Mas devemos tomar cuidado para não cair na mesma armadilha que enganou nutricionistas e agências “oficiais”: Substituir uma coisa ruim (farinha branca) por uma coisa menos ruim (grãos integrais), e então consumir bastante desta coisa menos ruim é bom para você. Esta é a lógica falha que nos levou a esta confusão.
Deixar de molho, por exemplo, reduz o conteúdo de lectinas em cerca de 35% – melhor, mas não ótimo. Você ainda estará exposto a todos os efeitos adversos do trigo, que incluem o estímulo de apetite da gliadina, altos níveis de açúcar no sangue da amilopectina A, respostas inflamatórias dos glútens e das gluteninas, e aumento da permeabilidade intestinal a proteínas de externas pelas lectinas.
Da mesma forma, a fermentação reduz a carga de carboidratos mas deixa os outros aspectos indesejáveis do trigo intactos. Melhor, claro, mas ainda não é ótimo.
Até os geneticistas estão tentando fazer a re-engenharia do trigo para torná-lo menos nocivo. Uma área de pesquisa é tentar remover todas as sequências mais destrutivas do glúten. Como usual, eles entendem a genética da planta mas não entendem nada dos efeitos do consumo desta planta na saúde humana.
Então não importa o que um padeiro ou geneticista faça para maquiar esta coisa, ela continua essencialmente a mesma, com os mesmos efeitos estimulantes de apetite, alteradores de mente, inflamatórios, auto imunes e acumuladores de peso.
Fat Head: E os outros grãos como aveia, amaranto e trigo mourisco (ou sarraceno)? Eles fazem bem ou são tão ruins quanto o trigo?
Dr. Davis: A aveia, de fato, têm sobreposição imunológica modesta com trigo. Mas o problema com a aveia recai na sua capacidade extravagante de elevar os níveis de açúcar no sangue. Uma tigela de farinha de aveia orgânica – sem adição de açúcar – pode elevar o açúcar no sangue em uma pessoa não diabética a 150 mg/dl, 200 mg/dl, as vezes até mais. Em um pré-diabético ou diabético, 300 mg/dl não é incomum. Uma das estratégias que eu ensino aos pacientes é a medir a glicose no sangue uma hora depois de uma refeição para averiguar a severidade da elevação do açúcar no sangue; foi aí que eu vi, caso após caso, níveis extravagantemente altos de açúcar no sangue após o consumo de aveia.
Amaranto e trigo sarraceno são grãos que, para todos os efeitos, são apenas carboidratos. Eles não possuem os efeitos negativos do trigo. Como a aveia, no entanto, eles elevam os níveis de açúcar no sangue, seguido de todos os efeitos adversos deste fenômeno (resistência à insulina, glicação nos olhos, cartilagens, artérias e partículas de LDL). Então eu digo para as pessoas consumirem estes grãos em pequenas quantidades, ou seja, porções de não mais que meia xícara (cozidas) no contexto de uma dieta com carboidratos limitados (40 a 50 gramas por dia para a maioria das pessoas).
Fat Head: Que tipo de reação o seu livro despertou? Ou ainda é cedo para julgar?
Dr. Davis: A reação tem sido incrível. Nos primeiros 9 dias após o lançamento, Wheat Belly entrou para a lista dos mais vendidos do The New York Times.
Mas ainda mais importante para mim, diariamente eu ouço sobre a diferença que esta mensagem está fazendo na vida das pessoas: perda de peso rápida onde pouca ou nenhuma estava ocorrendo; alívio de dores crônicas; níveis de açúcar no sangue despencando, etc. O que tem sido especialmente gratificante é que, graças ao feedback instantâneo das mídias sociais, eu fico sabendo destas histórias apenas dias depois das experiências dos leitores. Mesmo no meu consultório, eu geralmente espero vários meses para ter o feedback dos resultados dos pacientes livres do trigo. Agora fico sabendo sobre eles literalmente em dias. A efusão de feedbacks positivos tem sido absolutamente maravilhosa e reforçou ainda mais a minha convicção que este é um dos maiores problemas de saúde do nosso tempo.
Fat Head: Você ouviu algo dos chamados especialistas que insistem que os grãos integrais são parte de uma dieta saudável? Eu assumo que você não seja muito popular com esse pessoal atualmente.
Dr. Davis: A nutrição é um tópico importante. Mas é também um tópico surpreendentemente emocional. Nutricionistas e outros “especialistas” em nutrição tem sido tão profundamente doutrinados no argumento “grãos integrais são bons” que sua reação instantânea é a raiva, e que isso é uma modinha boba passageira para perda de peso rápido. Qualquer um que tenha lido o livro percebe que isto é precisamente o que Wheat Belly não é. Ele expõe todas as coisas que não lhe disseram sobre este grão geneticamente alterado, construído para aumentar o rendimento mas também aumentar o apetite.
Grupos de comércio de trigo, como a Grain Foods Foundation, emitiram comunicados de imprensa declarando sua intenção de lançar uma campanha pública para desacreditar a mim e à mensagem que trago com o Wheat Belly. Em resposta, eu publiquei uma carta aberta que também enviei por diversas mídias, convidando-os a se juntar a mim em um debate público, com câmeras de TV e tudo; eles ainda não aceitaram o meu convite – e suspeito que nunca aceitarão. Com o que eu revelei, eu duvido que eles queiram uma exposição pública de todos estes argumentos.
Fat Head: Última pergunta… Agora que o livro foi lançado, você alguma vez perde o sono à noite, pensando se as boas pessoas da Monsanto e Pillsbury estarão planejando seu sumiço? Porque se eu fosse você, eu evitaria becos escuros por em tempo.
Dr. Davis: Obrigado pelo aviso, Tom! Esta campanha anti-trigo faz inimigos em algumas forças muito influentes, incluindo a indústria alimentícia, o agronegócio, grupos de comércio de trigo e, para minha grade surpresa, a indústria farmacêutica. Eu fiquei chocado recentemente (ainda que eu suponho que não deveria ficar, sabendo do que algumas pessoas são capazes) de saber que pelo menos um grupo de comércio de trigo é largamente populado por pessoas na folha de pagamento da indústria farmacêutica. Agora, isso é uma coisa preocupante.
O que me mantém focado na transmissão desta mensagem, no entanto, são as maravilhosas histórias que eu continuo ouvindo diariamente de pessoas redescobrindo sua saúde perdida, alívio de dores, etc., tudo fazendo o oposto do que nossas agências oficiais nos dizem para fazer e fugindo para longe dos “saudáveis grãos integrais”.
Fat Head: Muito obrigado pelo tempo cedido para responder nossas questões, Dr. Davis. Eu espero que você venda um milhão de cópias.

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