segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Liberte-se da Manipulação dos "evangélicos!"



Por: Marcio Alves

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Autor: Jesus Cristo)
É próprio da maioria dos sistemas religiosos, cometerem abusos, violência espiritual. Usando de manipulação e muitas vezes até de coerção. São duas, as palavras, que nós precisamos saber para podermos entender este tema.

1- ABUSO (VIOLÊNCIA) ESPIRITUAL: É o uso inadequado do poder. O problema não está no poder, mas sim, em como usar este poder.
As igrejas e/ou líderes, cometem abuso (violência), quando tentam manipular as pessoas.


2- MANIPULAR AS PESSOAS: É instrumentalizar, como se fossem mero objetos.

A novidade, que não é novidade, é que, os “evangélicos” estão cada vez mais, usando desta arma, para conseguir arrastar multidões para as suas igrejas. A lamentável lógica religiosa é a seguinte: “Quanto mais pessoas vierem á igreja, mais dinheiro se tem”.

Já de antemão quero esclarecer que:
1- Nem toda igreja e/ou líder comete violência espiritual.
2- E as igrejas e/ou líderes que usam deste artifício, não cometem o tempo todo, a todo o momento abuso espiritual.
3- Não quero que você saia da sua igreja, tenho outra proposta, que estarei dando no final da outra postagem: “Liberte-se da Manipulação dos “evangélicos”! (Parte I I)

Esclarecido possíveis dúvidas, vamos ao diagnóstico que visa responder a seguinte pergunta:

Como faço para saber se minha igreja ou meu líder esteve e/ou está em algum momento cometendo abuso espiritual?
Eis a resposta:

Os 3 principais pilares da violência espiritual:
1- Controla as ações através de:
A- Medo.

Toda igreja que manipula seus membros, o faz através do medo.
Seja este medo qual for, desde o medo do devorador, que virá, se a pessoa não der (ou pagar como costumam usar hoje em dia) o dízimo, até mesmo o medo do inferno.
Apelos e chantagens emocionais tais como, se não orar, deixam de receber a benção, se quebrar a campanha, vem maldição, se não der o dízimo, o devorador – que segundo alguns líderes, é o diabo – vai devorar sua renda, (sendo que biblicamente, o devorador era um gafanhoto que devorava literalmente as plantações dos israelitas) se não vier à igreja, vai queimar eternamente no inferno, deixar de vir ao evangelismo – que muitas vezes, não passa de proselitismo – “Deus vai cobrar”, e muitos outros, (Você tem mais? Aceito sugestões!) não passa de manipulação pelo mecanismo do medo.

B- Ameaças:

E isso, já é antigo, vem lá da época medieval, quando as pessoas não tinham conhecimento – como nós temos hoje – e tudo que lhes sobrevinha, acreditava-se que vinha de Deus como castigo.
Pestes, furacões, terremotos, maremotos, secas ou enchentes, que antes se pensavam que era a “ira de Deus”, hoje é sabido que não passava de fenômenos naturais. Inclusive, é possível através da tecnologia e da ciência, poder até prever alguns desses acontecimentos naturais.
Portanto o velho chavão: “Se você fizer ou deixar de fazer.......Deus vai pesar a mão”, não passa de manobra para domesticar as pessoas.
Não podemos pressionar as pessoas com medos, ameaças e culpas, mas antes, tentar conscientizá-las.
C- Culpa:

Antes de explicar como os manipuladores, usam da culpa para controlar as pessoas, permita-me fazer apenas uma colocação: Nem toda culpa é ruim, aliás, tem culpa boa e má.
Culpa boa, é aquela culpa que vem da nossa consciência, que nos mostra que erramos e precisamos corrigir-nos.
A culpa como manipulação é aquela que vem externamente, seja da igreja ou sociedade, esta sim é má.
A culpa produzida pelo Espírito Santo brota de dentro para fora, e visa nossa restauração.
A culpa dos religiosos visa nossa condenação.
Esta arma é quase que infalível, porque, quem é que não tem pelo menos uma culpazinha no cartório? Ou como disse Jesus para aqueles homens que queriam apedrejar a mulher adúltera: “Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra.”
Por isso é fácil e indigno, manipular as pessoas através da culpa.
O Evangelho de Cristo veio para nos libertar de toda culpa e condenação, mas as “igrejas” vieram para nos prender.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Autor: Jesus Cristo)
2- Controla as idéias.
Isto ocorre quando somos obrigados a pensar dentro de uma “caixa”. A “verdade” não é propriedade de nenhum seguimento religioso ou evangélico.
Aliás, a Bíblia é inspirada, mas a sua interpretação muitas vezes não.
Pois há muitas interpretações divergentes uma com a outra, de vários grupos religiosos, e todos com base na Bíblia, portanto, mesmo o argumento tendo fundamento na Bíblia, não é suficiente a segurança de que esteja correto. Se alguém e/ou grupo religioso afirmar ser detentora da verdade, de que sua interpretação é a única infalível, de uma das duas hipóteses; ou a pessoa e/ou grupo não conhece nada de teologia e da história milenar do Cristianismo, (pois diferentes estudiosos em diferentes épocas discordaram um do outro em algum ponto) e por isso erram ao fazer com que seus seguidores pensem que estejam seguindo um conceito infalível ou pior ainda, tem muito, mas muito mesmo conhecimento, e sabe que toda a sua teologia não está 100% correta, mas para manipular as pessoas, diz-se que só lá é possível encontrar a “verdade absoluta”.
A maioria dos seguimentos religiosos tem por objetivo, fazer com que as pessoas pensem igual, só que isso é coisa de máquina, não de ser humano.
Nesses ambientes as pessoas estão sendo desencorajadas a questionar e pior ainda discordar. É lamentável ver que até os obreiros são ensinados a memorizar conceitos, e não formá-los.
Parecem mais papagaios eclesiásticos.
Infelizmente muito da teologia clássica, esta engessada.
Não fomos chamados para ser um eco, mas para sermos vozes!
Não podemos “robotizar” as pessoas.
3- Controla os relacionamentos.

A- Relacionamentos conjugais.A igreja não pode dizer para os casais quando e porque separarem. Isso tira das pessoas, o direito de decidir.
Pior ainda, é dizer como as pessoas devem ter relações sexuais.
Isso compete ao casal, e ninguém ou organização tem o direito de intervir.

B- Relacionamento com o próximo.
Em muitos ambientes legalistas, onde impera a rigidez, ocorre o patrulhamento ou policiamento dos membros.
Não fomos chamados para vigiar o nosso irmão, mas para amá-lo.

C- Relacionamento com a igreja.Muitos entendem (muitas vezes, tendenciosamente) que buscar em primeiro lugar o Reino de Deus, é trabalhar para a igreja, cumprindo a programação da igreja. Nessa compreensão, ficam reféns da instituição religiosa.
Esquecem-se que não somos nós quem devemos servir a igreja, mas a igreja é que deve nos servir.
D- Relacionamento consigo mesmo.Esta imagem de que somos miseráveis e totalmente perdidos, gera nas pessoas uma baixa auto-estima.
Faz com que a pessoa não consiga se aceitar, e precise constantemente usar mascaras para se proteger das outras pessoas. Daí a imagem que alguns líderes nutrem de si mesmos e pior ainda, passam para os membros..........a de Super-Espiritual.

E- Relacionamento com o “mundo”.Essa idéia de que o mundo é nosso inimigo, de que tudo que está no mundo é do diabo e que não somos deste mundo, por isso devemos pensar só no céu, é uma das grandes distorções evangélicas, que tem prejudicados milhões.
As pessoas não entendem – pois são ensinadas de maneira errada – que, quando a bíblia afirma que o mundo jaz no maligno, ela faz alusão ao sistema do mundo. A corrupção e a imoralidade, e não aos prazeres, músicas, teatros, poemas em fim, as artes que compõe a nossa cultura, e que veio de Deus, pois foi ele quem nos criou assim, e nos deu sabedoria para criar muitas outras coisas as quais devemos desfrutar.

F- Relacionamento com Deus.Muitas instituições, têm se colocado – a exemplo da igreja católica – como intermediadora entre Deus e as pessoas.
Fazendo com que elas pensem, que para ter contato com Deus só é possível através da igreja.
Se não forem à igreja, não tem como ter um relacionamento com Deus. Esta é a manipulação mais grave de todas.
A pessoa fica submissa á igreja, dependente como uma criança da instituição.
A igreja não é a intermediária entre Deus e os homens, pois só há um mediador.......Jesus Cristo!

Uma constatação:
Sempre existirão manipuladores, pois nunca faltarão manipulados. Isso é um circulo vicioso, se tem manipulados, tem manipuladores, e sem tem manipuladores, tem também manipulados.

Eis a proposta para quem está em uma igreja em que há manipulação:
1- Para os lideres:
Cometam suicídio organizacional!Não há outra saída!
Preguem na contramão do sistema religioso.
Mesmo que isto signifique ir contra o ministério.
Para isso você terá que fazer uma difícil escolha.....abrir mão do “status quo” que a religião oferece.
Prefira agradar a Deus mesmo que isso lhe leve a desagradar os homens. A não ser que você seja como um dos religiosos no tempo de Jesus que: “Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele; mas não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus.” (Jo 12 v 42-43)


2- Para os membros:
Cometam suicídio comunitário.Comecem a questionar tudo o que fala o pastor.
Se não concordar com algo, discorde abertamente.
Cause impacto na sua comunidade.
Proponho que sejamos Sal dentro do saleiro!
Existem muitos membros e líderes que são reféns do sistema religioso, por isso, seja um irmão e amigo, se vir ou ouvir alguma coisa errada, fale, questione, ouse dar sua opinião. De uma oportunidade para as pessoas mudarem de conceitos.

Pois afinal de contas, a verdade não tem medo de ser questionada, por ser verdade!

E finalmente lembre-se de que.......”Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão.” (Autor: Apostolo Paulo)

fonte deste trabalho :Outro Evagélho

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