sexta-feira, 3 de maio de 2013

10 contradições da sociedade brasileira atual

Vivemos hoje sob a égide do politicamente-correto e uma série de ideias derivadas dele vêm se tornando hegemônicas em nossa sociedade, mesmo não fazendo sentido. Neste primeiro post tratarei de 5 contradições entre discurso e ação que o brasileiro médio vem praticando nos últimos anos sem perceber.
10 contradições da sociedade brasileira atual - Parte 2
  1. Ser contra o cigarro, mas a favor da descriminação da maconha: Hoje em dia há uma forte mentalidade antitabagista baseada nos malefícios do cigarro a longo prazo. Contudo, causa-me espécie o fato de as mesmas pessoas que são contra o cigarro costumarem defender a descriminação da maconha, apesar de ela ser, por exemplo, a única droga a interferir nas funções cerebrais de forma a causar psicoses definitivas, mesmo quando seu uso é interrompido. Chegamos a um ponto em que muitas pessoas toleram mais ver um maconheiro fumando do que alguém acendendo um cigarro.
  2. Gostar de academias de ginástica, mas não da Academia científica: As academias de ginástica estão espalhadas por toda a parte e os argumentos da maioria dos que as frequentam são: a suposta preocupação com a saúde e o desejo de ter um corpo 'sarado'. Estaria tudo bem, se as pessoas hoje não estivessem preocupadas demais com a aparência e displicentes em relação ao seu intelecto, o que se nota facilmente pelo declínio acentuado da capacidade do brasileiro de interpretar textos e de ligar duas ideias simples.
  3. Ser contra o racismo, mas a favor de cotas 'raciais': As cotas 'raciais' se baseiam numa falsa Ciência que divide os seres humanos em 'raças' e numa ideologia racialista que prega a luta de 'raças' [brancos 'vilões' x negros 'vítimas'] e reclama uma 'reparação histórica'. Ocorre que eram os próprios africanos que vendiam outros negros para os traficantes brancos e que, naquela época, era normal a escravidão. Portanto, quem é contra o racismo precisa ser contra as cotas 'raciais' e a beligerante e anticientífica divisão das pessoas em 'raças'.
  4. Gostar da liberdade, mas alimentar ideologias totalitárias: Talvez a coisa mais cara a todo ser humano seja a sua liberdade. Todavia, inúmeros brasileiros são simpáticos a regimes ditatoriais como o comunismo, que matou 100 milhões de pessoas. Existem partidos abertamente comunistas e que convivem com a contradição de se dizerem democráticos ao mesmo tempo em que defendem a ditadura do proletariado. Isto sem falar nos perigosos admiradores do nazismo que, entre outras atrocidades, matou 6 milhões de judeus.
  5. Rejeitar preconceitos, mas agir preconceituosamente nos debates: Alegar 'preconceito' da parte do oponente numa discussão para tentar anular seus argumentos virou clichê. É como se o termo em si fosse uma 'palavra mágica': você acusa o outro disso e passa automaticamente a ter razão. Porém, esta retórica vazia vira-se contra si mesma: quando eu 'refuto' as ideias do outro simplesmente acusando-o de agir movido por 'preconceito', isto é, de ser um ignorante, alguém que não sabe o que diz [mesmo quando ele notoriamente saiba], eu é que acabo me tornando um verdadeiro preconceituoso.
  6. Finalizo neste post o artigo 10 contradições da sociedade brasileira atual, cuja primeira parte pode ser lida aqui. Retorno para tratar de mais 5 contradições entre discurso e ação que o brasileiro médio vem praticando nos últimos anos sem perceber. Hoje falarei sobre 'minorias', ecologismo, feminismo and more.


    6. Fazer campanhas contra a pedofilia, mas expôr as crianças à erotização - Muitos brasileiros, devido à educação doméstica, fazem surgir na mente de seus filhos desejos inadequados para a idade deles, ao mesmo tempo que apoiam campanhas contra o abuso infantil. Os pequenos consomem 'cultura' com alto teor erótico, são expostos à nudez com uma naturalidade espantosa e são assim desde cedo convidados tacitamente a participar do 'jogo'. A contradição consiste em louvar a inocência infantil, mas destruí-la no dia a dia, o que vai de encontro a ideia de uma sociedade que realmente vê na infância um valor absoluto a ser preservado.

    7. Preocupar-se com o meio-ambiente, mas esquecer-se do próximo - A ordem do dia é: salvar o planeta. Em nome disso - e de muitos interesses econômicos escusos - criou-se a hipótese do aquecimento global antrópico e alçou-se esta mera conjectura à categoria de 'teoria', sem, contudo, que se apresentasse provas. Mas, deixando esse 'detalhe' de lado, causa-me espécie que as pessoas se preocupem tanto com as árvores, com os ursos polares e com o buraco da 'camada de ozônio' e tão pouco com o ser humano. Se tivéssemos mais ONG's protegendo as crianças, os pobres e os velhos e menos protegendo o verde, teríamos uma sociedade melhor.

    8. Defender 'minorias', mas desrespeitar as maiorias - Negros, homossexuais, ateus e pessoas de outros grupos minoritários devem ser respeitadas e não podem ser tratadas como se fossem inferiores em relação as demais. Entretanto: o Brasil é um país com cerca de 90% do povo cristão, e laicismo não é ateísmo; negros: já expliquei no item 3 o porquê de vocês não serem sempre os 'coitadinhos' e os brancos sempre os 'malvados'. Todo o resto é manipulação ideológica com segundas intenções; homossexuais: vocês não são doentes, não são obrigados a tentar mudar, mas sigam o conselho da Dilma e não façam propaganda de orientação sexual!

    9. Ser patriota só na Copa do Mundo - O brasileiro consegue a façanha de ser um perfeito patriota em termos futebolísticos e um verdadeiro traidor da Pátria em assuntos políticos. Quando elege corruptos conhecidos para governar o Brasil, o cidadão está dizendo que na verdade não se importa que o dinheiro dos impostos pagos pelos contribuintes seja desviado da educação, da saúde e da segurança pública para encher os bolsos dos marginais do poder e/ou fortalecer um projeto hegemônico. O eleitor que faz isso vende - ainda que indiretamente -, o seu voto e trai o próprio País.

    10. Mulheres 'mais iguais' que os homens - As mulheres hoje estão em pé de igualdade com os homens. Entretanto, como sói acontecer, seus novos direitos não vieram acompanhados de novos deveres, tampouco se reviu certos privilégios concedidos a elas e que só faziam sentido em outros tempos. Por exemplo: uma mulher que se divorcia pode requerer pensão do ex-marido, mesmo sem ter filhos com ele, sob a alegação de que foi privada de estudar e de se desenvolver profissionalmente devido ao casamento. Outro caso: elas se aposentam 5 anos mais cedo. Portanto, as mulheres já adquiriam direitos iguais aos homens. Agora só faltam os deveres.


    Com isso concluímos o artigo 10 contradições da sociedade brasileira atual. Este foi apenas um despretensioso ensaio que visou lançar alguma luz sobre vários dos nossos paradoxos internos e assim contribuir para uma sociedade mais consciente.
VIA: ÓBVIO RELATIVO

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