A burguesia fede

Minha doméstica chega às 8h e toma café com leite, pão,

manteiga e queijo (eu pago)

e começa seus afazeres às 9h30m. Às 12h,

almoça o que cozinhou (eu pago).

Às 15h30m, lancha (eu pago); às 17h, toma banho

(pago água, gás ou energia elétrica) e vai embora

deixando a incerteza de

um dia entrar com uma ação trabalhista contra mim.

Aos empregados tudo,

ao empregador só ônus. Domésticas nunca mais! 

SÉRGIO COSTÁBILE

RIO

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Enquanto houver burguesia não vai haver poesia.

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