domingo, 23 de dezembro de 2012

Polícia investe contra manifestantes por segundo dia seguido em Nova Délhi

Nova Délhi, 23 dez (EFE).- A polícia agrediu neste domingo pelo segundo dia consecutivo manifestantes que protestavam em Nova Délhi pedindo maior segurança para as mulheres e pena de morte para os seis homens que estupraram uma jovem dentro de um ônibus na semana passada.
As forças de segurança lançaram canhões de água para dispersar os milhares de manifestantes, concentrados na praça da Porta da Índia e em frente ao palácio presidencial Rashtrapati Bhavan, que foi protegido por um forte cordão policial.
Os dois locais foram cenário neste sábado de uma manifestação que terminou com 10 feridos, segundo o canal de televisão 'NDTV'. Até o momento, ainda não se sabe o número de feridos no protesto de hoje, que foi menor do que o de ontem. Apesar disto, alguns manifestantes lançaram pedras contra os policiais e tentaram romper barricadas.
De acordo a imprensa, a marcha de hoje contou com a participação de jovens simpatizantes do partido hinduísta e de extrema-direita Bharathiya Janata, a principal força da oposição.
Os incidentes deste fim de semana são o último episódio da mobilização popular que está ocorrendo em Nova Délhi desde que uma jovem que voltava para casa após ir ao cinema foi estuprada dentro de um ônibus por seis homens, no domingo passado.
Depois de ser atacada, a mulher, de 23 anos, foi atirada do veículo em andamento. A vítima permanece internada com graves ferimentos em órgãos internos, principalmente na vagina e no fígado.
Segundo fontes do Hospital Safdarjung, onde a jovem está internada, ela teve uma melhora ontem mas hoje voltou a piorar. A polícia prendeu os seis suspeitos de terem cometido o estupro, entre os quais está o motorista do ônibus.
O Escritório Nacional de Registro de Crimes revelou em 2011 que a cada 20 minutos uma mulher é atacada sexualmente na Índia.
Apenas em um de cada quatro casos, no entanto, o autor do crime é condenado, devido à negligência e à corrupção, o que para analistas locais explica a onda de indignação popular que o caso gerou. EFE
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fonte:msn brasil

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